tempo", declarou em comunicado Elias Zerhouni, director dos Institutos Nacionais de Saúde americanos (NIH), considerando que os investigadores "revelaram um buraco na armadura do HIV, o que abre uma nova via para enfrentar o desafio". A difusão do HIV, que infectou cerca de um por cento da população adulta mundial, e a ausência até hoje de uma vacina eficaz explicam-se pela "capacidade do HIV-1 escapar a uma neutralização dos anticorpos", sublinham os investigadores na revista científica britânica Nature. Em constante mutação, o HIV muda frequentemente de configuração mas deve conservar as partes estáveis para continuar a fixar-se aos receptores CD4 das células do sistema imunitário que ele infecta para aí se reproduzir. Peter Kwong (NIAID/NIH) e os seus colegas examinaram à escala atómica a evolução passo-a-passo da configuração do sítio de ligação entre a glicoproteína viral 120 (GP120) e o receptor CD4 da célula-hóspede. Uma imagem conseguida através de raios-X desta mesma ligação, efectuada pela equipa de Kwong em 1998, tinha já permitido identificar certos sítios do vírus que podiam ser alvos de medicamentos ou vacinas, tendo também revelado a extensão das defesas de que dispõe o HIV, relembra o Instituto Nacional Americano contra as Alergias e as Doenças Infecciosas (NIAID). Durante estes últimos trabalhos, os investigadores puderam visualizar como é que o anti-corpo b12, descoberto no sangue de pessoas cujo sistema imunitário parece resistir durante muito tempo ao HIV, cria uma ligação química estável com a molécula viral gp120. Este anti-corpo liga-se à molécula viral gp120 no mesmo sítio onde esta última se pode agarrar ao receptor CD4, porta de entrada nas células imunitárias, explicou o NIAID num comunicado. Ao fixar-se à molécula viral, o anticorpo impede-o de entrar na célula imunitária, mais ou menos como uma pastilha elástica colada na ponta de uma chave a impediria de entrar numa fechadura. "Um dos nossos primeiros objectivos é desenvolver vacinas contra o HIV que poderiam estimular os anticorpos neutralizantes", declarou Gary Nabel, um dos autores do trabalho.
Fonte:
Visto a SIDA afectar muitas pessoas em todo o mundo, era importante descobrirem algum modo de porprocionar uma maior qualidade de vida as pessoas infectadas.

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